sexta-feira, setembro 30, 2011

BAGS – Buscando Alternativas Gerando Sustentabilidade






BAGS – Buscando Alternativas Gerando Sustentabilidade estreia dia 04/09/2011 as 19:00 no SESI (vila Xavier)
11-18-25/10 às 15h 
01-08-22-29/11 às 15h 
 O espetáculo, é realizado pelos alunos do Núcleo de Artes Cênicas do SESI em parceria com a Acácia 
( cooperativa coleta seletiva) aborda as questões ambientais, valorizando a figura dos coletores de lixo e conscientizando os alunos do ensino fundamental para as demandas ambientais do planeta. 
É um espetáculos didático e especialmente voltado para o público escolar. 
Após as  apresentações, acontecerão debates sobre o tema sustentabilidade com o biólogo David Teixeira, gestor ambiental da Acácia. 

sábado, setembro 24, 2011

“Estamira” é destaque na 1ª Mica-Ara 23/09/2011

Na noite de quinta-feira (22), o secretário municipal do Meio Ambiente, Genê Catanozi, abriu a sessão do filme “Estamira”, durante a 1ª Mostra Internacional de Cinema de Araraquara (Mica-Ara), realizada no Sesc-Araraquara. O evento é uma realização da Prefeitura de Araraquara – por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com o Sesc e apoio cultural da EPTV.
 
O secretário lembrou que a Micara é um desmembramento do FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, realizado anualmente na cidade de Goiás, desde 1999. “Atualmente é o maior festival cinematográfico sobre o meio ambiente do país e tem o patrocínio da ONU. Nossa intenção é continuar com essa parceria e aumentar a nossa mostra em 2012”, revelou.
Helena, que já havia assistido o filme em outra oportunidade, lembrou que existem muitas “Estamiras” espalhadas pelo mundo necessitando de oportunidades.
Para Genê, a Micara é um momento importante para a cidade, já que alerta sobre a preservação ambiental tendo como aliado o recurso áudio-visual. “É necessária uma mudança de atitudes na interação com o meio ambiente, afinal este é um patrimônio básico para a vida humana. A educação tem um papel fundamental no desenvolvimento das pessoas e das sociedades e contar com um recurso tecnológico, como o cinema, para alertar sobre o nosso meio ambiente, é muito importante”.
 
 
O documentário foi premiado em diversos festivais no Brasil e no mundo – no total, 23 estatuetas –, incluindo melhor documentário pelo júri oficial no Festival do Rio, na Mostra de Cinema de São Paulo e o Grande Prêmio do Festival Internacional de Documentário de Marseille.
 
Vale destacar que Estamira morreu neste ano, no dia 28 de julho, com 72 anos. Ela sofria de diabetes e morreu em decorrência de uma infecção generalizada.
 
Animado com o evento, Genê acredita que Araraquara poderia ser a capital do cinema ambiental. “Essa mostra confirma essa tendência, pois o festival está incrível. Por que não sermos a capital do cinema ambiental?”, questionou, afirmando que a próxima edição deve trazer um número maior de filmes. “O futuro é investir no Meio Ambiente, já que o maior problema enfrentado é a conscientização. O Meio Ambiente não aceita muitos teóricos e nem eco-chatos radicais! Temos que aproximar as pessoas nessa luta e este é um trabalho difícil, já que é difícil mudar o comportamento das pessoas. Por isso mesmo, precisamos investir nas pessoas para que o Meio Ambiente seja assegurado”.
 
Entre as várias realizações de sua pasta, o secretário do meio Ambiente lembrou a recuperação de cinco rios da cidade, o plantio de 119 mil árvores, a manutenção das árvores, a coleta seletiva em toda a cidade – entre outros.
 
Sobre o filme “Estamira” – que conta a história de uma senhora que sofre de distúrbios mentais e trabalha no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, um local que recebe diariamente mais de 8 mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro – Genê disse que é “um filme profundo, que apresenta os valores humanos em primeiro lugar”. O secretário agradeceu a presença de Helena Francisco da Silva, presidente da Acácia - cooperativa que presta serviço de coleta seletiva ao município de Araraquara.


Documentário Lixo Extraordinário motiva catadores da Acácia 22/09/2011

Exibido na primeira Mostra Internacional de Cinema Ambiental de Araraquara (Mica Ara), na quarta (21), no auditório do Sesc, o documentário Lixo Extraordinário com foco no trabalho dos catadores de produtos recicláveis do aterro sanitário do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias RJ, motivou os cooperados da Cooperativa Acácia de Araraquara. 
Segundo a presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva, que conheceu de perto o aterro sanitário do Gramacho, antes de iniciar a cooperativa em Araraquara, o documentário valoriza o trabalho dos catadores que separam os produtos recicláveis.  
“Nós ainda começamos na frente deles separando o material recolhido na esteira, e depois por meio da coleta seletiva, enquanto eles trabalham diretamente no aterro procurando os produtos no lixo misturado”.
 
 
Helena lamentou que nem todos os cooperados tiveram a oportunidade de assistir ao filme. “A reciclagem não pode parar. Boa parte dos cooperados trabalhou até às 18h e não teve tempo de ir para casa, tomar banho e pegar o ônibus”.
Os avanços conquistados pela Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho (Acamjg), a partir do trabalho do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz e da visibilidade na mídia do líder dos Catadores, o Tião, personagem principal do documentário, também foi comentado por Helena Francisco. “É possível concretizar mudanças, basta a gente querer”.
 
Para o secretário do Meio Ambiente, Genê Catanozi, o documentário prova que proteção ao meio ambiente se faz com ação. “Temos que ter medidas práticas. Tanto os catadores de Gramacho, que é o maior aterro da América Latina como os catadores da Acácia são fundamentais para reduzir o impacto ambiental produzido pelo lixo”.
 
O diretor do Sesc, Paulo Casale, observou que o trabalho da Acácia merece uma reflexão pela sociedade. “Às vezes não percebemos a importância de pequenos materiais que descartarmos e que poderiam ser destinados à coleta seletiva”.
De acordo com o professor universitário Aerovaldo Del’Acqua, o documentário é um incentivo aos cooperados da Acácia no árduo trabalho da reciclagem. “Um exemplo a ser seguido por todos os cooperados”.



 

Pet administraçao


Ajude a Cooperativa Acácia

O PET Administração Pública com apoio de outros grupos da UNESP Araraquara, tem se mobilizado a certo tempo a fim de aprimorar a Cooperativa Acácia de Materiais Recicláveis. Entretanto, no último dia 16 de agosto, a cooperativa sofreu um incêndio, no qual maior parte dos equipamentos(maquinário) e materiais armazenados foram comprometidos, além do espaço físico.
Tal fato, fez com que nós dobrassemos nossos esforços, a fim de reestruturar toda a cooperativa e não só contribuir com ela, mas também com todas as famílias que sobrevivem com o dinheiro da coleta e com a população de Araraquara e região. 

"Talvez você nem imagine que, aproximadamente, 180 famílias sobrevivem dos recursos provenientes da coleta desses materiais recicláveis, e que os cooperantes, pessoas humildes e trabalhadoras, agora, mais do que nunca, precisam da colaboração de toda a comunidade.


É impossível que você permaneça indiferente diante desse quadro, uma vez que os benefícios que a Cooperativa Acácia proporciona são imensos e lhe afetam diretamente: ela promove a preservação ambiental (que garante, aos seus filhos e netos, a existência de um planeta - pense nisso!), gera empregorenda e promove a inclusão social (lembre-se: a falta de emprego gera violência e promove a insegurança!).


Se você ainda não tomou consciência da necessidade e da responsabilidade sócio-ambiental do processo de reciclagem, ou, se você, por falta de hábito ou por preguiça, não separa o lixo orgânico do material reciclável, mude a si mesmo!"

Estamos promovendo de início uma conscientização da coleta seletiva não só para a sociedade mas para todo o meio-ambiente nas repúblicas de Araraquara para que nós jovens possamos mostrar nossa força e solidariedade em prol de uma causa nobre.


Cooperativa Acácia expõe suas necessidades e Câmara Municipal manifesta apoio.





O Dia Nacional de Mobilização de Luta dos Catadores e Catadoras, comemorado no dia 7 de junho, motivou a presença no plenário da Câmara Municipal, durante a realização da sessão ordinária de terça-feira (08), da presidente da entidade baseada em Araraquara, Cooperativa Acácia de Catadores, Coleta, Triagem e Beneficiamento de Materiais Recicláveis, Helena Francisco da Silva, que durante o tempo reservado para a Tribuna Popular, expressou as suas principais e necessárias reivindicações.
“Há a necessidade – esclareceu Helena Francisco da Silva- que Araraquara tenha um programa de coleta seletiva baseada nos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos e Economia Solidária, que contemple o catador e garanta que organizados em cooperativas e associações possa ser operacionalizado o serviço”. E continua: “É necessário que se estabeleça um Conselho Municipal de Coleta Seletiva, com caráter consultivo e deliberativo para a construção de políticas públicas e ações voltadas para gestão de coleta seletiva para a conclusão social dos catadores e catadoras”.
Entre outras prementes necessidades assinaladas pela presidente da entidade, a necessidade de revisão do contrato de prestação de serviço firmado com o governo municipal (Termo de Contrato 1643) está sendo proposto que se estabeleça metas que valorize o trabalho da entidade, uma vez que segundo afirma a presidente da entidade “quanto mais nós trabalhamos mais somos taxados (repasse ao DAAE de 20% sobre as vendas)”. Outra real necessidade levantada pela presidente é o pedido sobre a doação de uma área destinada à cooperativa Acácia (galpão) e com recursos federais.
Outra clara reivindicação promovida pela entidade durante a participação de Helena Francisco da Silva no encontro de vereadores é a solicitação que assim como o governo municipal isentou a população da taxa do lixo, abrindo mão da receita que era destinada a manutenção do Aterro Municipal, a entidade Acácia deseja ser isentada pelo pagamento de R$ 8 mil mensais para o mesmo fim (pagamento da taxa).
Segundo afirmado em plenário, está sendo solicitada igualmente pela Acácia, a isenção do pagamento da taxa de ISS como incentivo ao desenvolvimento da coleta seletiva, uma vez que nos dias atuais, são gerados 180 postos de trabalho. Em contrapartida, afirmam dirigentes da Acácia, na Câmara Municipal é observada uma grande quantidade de isenções concedidas a empresas que vem para a cidade e contratam apenas a mão de obra qualificada, assinalam.
A dirigente da Acácia (Helena Francisco da Silva) assinalou em seu depoimento, a economia de recursos públicos promovida, pois atualmente todo o lixo destinado à Guatapará tem um custo elevado, e quanto melhor a separação do material reciclável do lixo convencional menos se pagará por este serviço. Lembra ainda a dirigente, que a adesão a políticas estaduais, quando parte da pontuação adquirida para a obtenção do Selo Municipal Verde-Azul é resultado do trabalho realizado pelos catadores que em contrapartida como categoria de trabalho, não tivemos nenhum benefício com essa aquisição, segundo o relatado por Helena Francisco.
A presidente da Acácia tornou público também aos vereadores no encontro de terça-feira, que a entidade aumentou os postos de trabalho. Relatou que na assinatura do contrato com o DAAE em agosto de 2008 o quadro de cooperados era de 100 catadores e atualmente são cerca de 180 postos, equivalente a um acréscimo de 80%. Poucas empresas da cidade fizeram tantas contratações principalmente neste período de crise financeira. Ao terminar seu depoimento, Helena asseverou que “como catadores acreditamos que investimentos em usinas de incineração estão na contra mão da historia da sustentabilidade, pois investir milhões de reais em uma usina verde é desconhecer os efeitos ambientais, havendo soluções muito simples e que há muito tempo estão sendo realizadas em Araraquara”, finalizou.
O vereador Carlos Nascimento, e mais cinco parlamentares, incluindo o presidente da Casa de Leis, vereador Ronaldo Napeloso, após o depoimento da presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva, manifestou se favoravelmente às reivindicações da Acácia. O presidente do Legislativo, afirmou que entrará em contato com o prefeito Marcelo Barbieri, enumerando e reivindicando as reais necessidades da entidade.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Rainha da Sucata ( Araraquara )



  Helena Francisco da Silva,

 presidente da cooperativa Acácia, já enfrentou muitas batalhas; a maior delas, 

 pela sobrevivência


Por Raquel Santana
Ela tem nome de rainha e já enfrentou batalhas comparáveis à de sua xará de uma certa lenda grega. Helena Francisco da Silva não nasceu em Troia, mas em Ibaté, e em vez de um palácio, vive literalmente do lixo. Presidente da Cooperativa Acácia, ela tem sob sua responsabilidade 180 cooperados, que todos os meses juntam cerca de 400 toneladas de materiais recicláveis para comercialização e subsistência de suas famílias.


Helena chegou a Araraquara em 1963, quando tinha apenas seis anos. Veio acompanhando a família: pai, mãe, oito irmãos e todos os animais da casa. "Meu pai trabalhava na Usina da Sé e foi transferido para a Zanin. Lembro da gente no caminhão com gato, galinha e cachorro. Naquela época, tinha muitos animais na casa", recorda. 


Mudou para nunca mais voltar. "Não troco Araraquara por nenhuma cidade deste mundo", afirma.


Aqui casou, teve cinco filhos e separou-se. Foi após a separação que a vida apertou. Foi despedida da cozinha de um restaurante em pleno Plano Collor e viu-se sem emprego, sem dinheiro, sem marido e com cinco bocas para sustentar. Sem saída, seguiu o conselho de uma amiga e foi para o aterro catar lixo. Ficou 12 anos nesta vida, vivendo do descarte consumista dos mais favorecidos. "Quando acabou o fubá em casa, o jeito foi achar uma alternativa. Criei meus filhos catando lixo, com muito orgulho", afirma.


No começo, a adaptação foi difícil, mas, com o tempo, a necessidade foi unindo as pessoas que trabalhavam junto com ela, a maioria delas mulheres. Nascia então a Cooperativa Acácia. "Juntamos-nos e resolvemos criar a cooperativa", recorda.


O ano era 2001 e a reciclagem já era o pote de ouro de muitas indústrias. Começou com apenas 40 das 60 famílias que trabalhavam no aterro. Com o tempo, o interesse das pessoas foi crescendo e hoje a Acácia tem 180 cooperados, 80% deles do sexo feminino.


Nestes 22 anos, Helena conseguiu criar e educar os filhos Taís, Tatiane, Rafael, Felipe e Almir, com idades entre 20 e 30 anos. Todos já se casaram e lhe deram, ao todo, oito netos. Ela mesma já arrumou outro companheiro, um "namorido", como brinca. 


Hoje mora no Parque São Paulo, na casa que conseguiu erguer com a renda da reciclagem. "Está quase do jeito que eu quero. Só falta acabar a cozinha e comprar alguns eletrodomésticos", conta. 


Finalmente a rainha ergueu seu castelo. "O importante nessa vida é ser feliz", sentencia.
Cicatrizes do corpo e da alma
A maior batalha enfrentada por Helena Francisco da Silva não foi a pobreza e a fome que enfrentou, mas sim sobreviver a um acidente em que teve 80% do seu corpo queimado. Ela tinha apenas oito anos e ao ascender o fogão à lenha para a mãe, que estava de dieta do irmão recém-nascido, o álcool espalhou-se pelo seu corpo provocando queimaduras de terceiro grau. Foi necessário um ano de internação na Santa Casa de Araraquara, muitas cirurgias e enxertos para a sua recuperação.


Apesar de viver esse drama, Helena não se fez de rogada. "Mantive o bom humor o tempo todo, meu quarto vivia cheio, era uma festa", afirma. As marcas pelo corpo jamais a complexaram. "Sofri muito bullying na escola, mas nunca liguei. Gosto de mim, sou vaidosa, não tenho problema nenhum com as cicatrizes", afirma


Quando se acidentou, o médico não deu esperança de sobrevivência para ela. "Já estou no lucro, cheguei até aqui", brinca.


Ironicamente, o fogo voltou a atravessar sua vida recentemente. Na última terça-feira, um incêndio acarretou danos à cooperativa — justo o dia marcado para ela posar para a foto desta edição especial. A foto teve de ser remarcada para Helena ter tempo de acudir seu negócio, mas foi feita. Afinal, a vida continua e ela não desanima nunca.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Menos de uma residência a cada dez aderiu ao ‘Lixo Zero’

Por Luiza Pellican

Quando criado, há um ano e meio, expectativa do prefeito Marcelo Barbieri era conseguir 80% de adesão à reciclagem


O programa "Lixo Zero", desenvolvido pelo Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) desde março do ano passado, ainda não conseguiu envolver os moradores de Araraquara. Dos mais de 70 mil contribuintes cadastrados na autarquia, apenas 6.636 — ou 9,4% — cadastraram-se até julho de 2011, para não pagar mais a Taxa do Lixo por separar materiais recicláveis.

O número de inscritos no programa aumentou 57,77% de um ano para outro — em maio do ano passado, o Daae divulgou que tinha 4.206 cadastrados —, mas ainda está muito longe do propósito do projeto. Na época de sua criação, a intenção era aumentar a reciclagem de lixo e atingir 80% da população.
Em maio de 2010, reciclava-se 250 toneladas de lixo, mas neste ano, houve um aumento de 41,19%, ou seja, chegou-se a 353 toneladas ao mês.

Em nota, a assessoria de imprensa do Daae afirmou considerar a adesão dentro do esperado e declarou ter deixado de arrecadar R$ 180 mil em decorrência dos cadastros.

Além disso, ressaltou que o Daae investe em conscientização ambiental por meio de panfletos e gibis educativos e faz sempre parcerias com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) para estimular a reciclagem de plástico, alumínio, papel e vidro.
O projeto
O programa ‘Lixo Zero’ dá isenção da Taxa de Lixo aos araraquarenses em troca da separação do material reciclável do lixo doméstico. A separação é importante para a Administração Pública também porque a cidade não tem mais aterro sanitário e o lixo produzido por aqui é enviado a Guatapará, com alto custo para o município.
Como aderir
Os interessados em aderir ao programa Lixo Zero deve ir ao Daae para assinar um termo em que assume o compromisso de separar o material reciclável do lixo comum.
Atualmente, os produtos são beneficiados pela Cooperativa Acácia, que recolhe apenas 8% de todo o lixo reciclável produzido na cidade.
R$ 180 mil
Este é o valor que o Daae já deixou de receber de Taxa do Lixo desde a implementação do programa ‘Lixo Zero’, há um ano e meio
Eu conheço
Quando estavam discutindo o projeto na Câmara, ouvi falar sobre o projeto e tive informações de como funcionava, mas não aderi por falta de interesse em ter o desconto.

Apesar disso, separo o lixo diariamente, tendo o cuidado de colocar papel, alumínio e vidro cada qual em uma embalagem. Depois, coloco na rua para ajudar os catadores. É só colocar pela manhã e algumas horas depois não está mais lá. Faço minha parte e, em troca, ajudo os outros.
Vânia Ribeiro Cardoso Davi
(Aposentada)
Eu não conheço
Nunca ouvi falar sobre esse programa ‘Lixo Zero’, mas sempre separo o lixo da minha casa. Coloco tudo em sacolas e deixo na rua.

Às vezes, o pessoal que passa procurando reciclável pega tudo, mas várias vezes já vi lixo separado ir para o caminhão de coleta. Acho uma pena, mas a minha parte eu fiz.

O Daae deveria fazer mais campanhas informativas para esse programa. Faço a minha parte e seria melhor se tivesse o destino certo.
Rosimeire Tomas
(Dona de casa)
41,19%
É o total de aumento de recicláveis processados desde o ano passado. Mas o valor total corresponde apenas a 8% do que a cidade produz.

Análise
Falta investimento no projeto
O projeto "Lixo Zero" é uma grande iniciativa do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) para a conscientização da população; porém, a baixa adesão depois de 19 meses mostra uma deficiência no projeto.

Uma das alternativas para facilitar e instigar os araraquarenses a se cadastrarem é ampliar a divulgação do programa e facilitar a inscrição. Uma opção é oferecer inscrição pela internet, assim, os interessados não precisariam sair de casa.

Até entendo que pedindo para o interessado ir ao Daae dá uma impressão de que ele realmente vai se envolver com o projeto e não se inscreveu apenas pela isenção. Mas o contrário também pode muito bem acontecer — como um cadastrado não fazer a seleção.
Além de instigar a população e facilitar o cadastro, é preciso forte fiscalização, de modo intensificado e recorrente. E não podemos esquecer a educação ambiental nas escolas.

Adalberto cunha
(Ambientalista)

quarta-feira, setembro 14, 2011