Segundo a presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva, que conheceu de perto o aterro sanitário do Gramacho, antes de iniciar a cooperativa em Araraquara, o documentário valoriza o trabalho dos catadores que separam os produtos recicláveis.
“Nós ainda começamos na frente deles separando o material recolhido na esteira, e depois por meio da coleta seletiva, enquanto eles trabalham diretamente no aterro procurando os produtos no lixo misturado”.
Helena lamentou que nem todos os cooperados tiveram a oportunidade de assistir ao filme. “A reciclagem não pode parar. Boa parte dos cooperados trabalhou até às 18h e não teve tempo de ir para casa, tomar banho e pegar o ônibus”.
Os avanços conquistados pela Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho (Acamjg), a partir do trabalho do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz e da visibilidade na mídia do líder dos Catadores, o Tião, personagem principal do documentário, também foi comentado por Helena Francisco. “É possível concretizar mudanças, basta a gente querer”.
Para o secretário do Meio Ambiente, Genê Catanozi, o documentário prova que proteção ao meio ambiente se faz com ação. “Temos que ter medidas práticas. Tanto os catadores de Gramacho, que é o maior aterro da América Latina como os catadores da Acácia são fundamentais para reduzir o impacto ambiental produzido pelo lixo”.
O diretor do Sesc, Paulo Casale, observou que o trabalho da Acácia merece uma reflexão pela sociedade. “Às vezes não percebemos a importância de pequenos materiais que descartarmos e que poderiam ser destinados à coleta seletiva”.
De acordo com o professor universitário Aerovaldo Del’Acqua, o documentário é um incentivo aos cooperados da Acácia no árduo trabalho da reciclagem. “Um exemplo a ser seguido por todos os cooperados”.
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