quarta-feira, agosto 31, 2011

Acácia: cooperados ainda têm dificuldades para trabalhar


Quarta, 31 de Agosto de 2011 às 03h00
Por Luiza Pellicani


O incêndio que acometeu a sede da Cooperativa Acácia, no Parque São Paulo, Zona Leste da cidade, em 18 de agosto, mais do que danificou as instalações da unidade. O incidente comprometeu as condições de trabalho de seus colaboradores e, por conta disso, ao menos 20 pessoas desistiram do trabalho na última semana.

A destruição da esteira e do braço mecânico com o incêndio comprometeu os trabalhos antes realizados na sombra com o apoio do maquinário. "O material coletado ia direto para a esteira e o pessoal só selecionava. A realidade agora é outra", explica a presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva.

A Tribuna Impressa esteve no local às 15 horas de ontem e pôde acompanhar o cotidiano dos cooperados. Nesse horário, ao menos cinco colaboradores estavam no sol selecionando os materiais recicláveis e outros oito trabalhavam na sombra.

Os que estavam no sol carregavam bolsas com dezenas de quilos de produtos para entregar aos outros funcionários. "É muito esforço e cansativo, por isso muitas pessoas acabaram desistindo", diz Helena.

Questionada se também desanimou por conta do fogo e da destruição, Helena afirma que não tem essa opção. "Isso aqui não é só o meu ganha-pão. Somos responsáveis por outras famílias e pessoas. Enquanto estiver aqui, vou fazer a cooperativa funcionar."
Conserto
Os equipamentos da Cooperativa Acácia danificados no incêndio do dia 18 de agosto estão passando por reparos, segundo o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae).

O fogo comprometeu a fiação e os painéis do braço mecânico e uma esteira de transporte de material. O primeiro item estava quebrado desde o dia 16 de julho e o trabalho vinha sendo feito por uma pá carregadeira.

A expectativa do Daae é que o conserto seja concluído nas próximas semanas.
Incêndio nas proximidades levou fumaça para a área da cooperativa
Depois do susto e da tristeza de ver o fogo consumir parte do material coletado e algumas máquinas no dia 18 de agosto, no último domingo os funcionários viram-se diante de uma nova ocorrência de incêndio. Uma área próxima pegou fogo e os bombeiros levaram horas para contê-lo. As labaredas não se aproximaram dos materiais coletados e dos maquinários, mas a fumaça dificultou ainda mais os trabalhos dos cooperados.

De acordo com a presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva, muitos colaboradores deixaram seus trabalhos por conta da fumaça. "Nem vimos fogo na segunda-feira, mas tinha muita fumaça saindo das galhadas. Estava complicado respirar e muitos foram liberados."
A céu aberto
Outro problema enfrentado pelo grupo é a preocupação com a chuva. Todo o material coletado pela cidade está à mercê do tempo, em um espaço a céu aberto. "A água danifica papel e papelão coletados. E ninguém compra produto danificado, por isso estamos preocupados e trabalhando a toque de caixa para processar tudo o que tem lá."

sábado, agosto 20, 2011

Prefeito se reúne com cooperados da Acácia 19/08/2011

O prefeito Marcelo Barbieri, o vereador João Farias e o superintendente do Daae, Guilherme Soares se reuniram, nessa sexta-feira (19), com a presidente da Cooperativa Acácia, Helena Francisco da Silva e alguns cooperados para apontar as prioridades após o incêndio que acometeu a cooperativa na manhã de terça-feira (16).
O secretário de Meio Ambiente, Genê Catanozi e o secretário de Governo, Luiz Zaccarelli, também acompanharam a reunião.
Marcelo reforçou o apoio da Prefeitura à cooperativa e junto com Guilherme Soares definiu algumas ações para auxiliar na retomada das atividades da Acácia. Atualmente, segundo Helena, a Acácia tem 197 cooperados.
“Temos que conduzir essa situação com calma e clareza para podermos reverter o cenário que se formou em decorrência do incêndio”, disse o prefeito.
Ficou estabelecido que na próxima terça-feira (23), o Daae irá enviar um caminhão para o transporte do material já triado para a prensa. Além disso, será diagnosticado os prejuízos causados à esteira que recebe todo o material que chega a cooperativa. Para que o trabalho não seja interrompido também será instalada uma tenda para que a triagem possa ser realizada.
“Vamos colaborar para que a Acácia possa retomar suas atividades normalmente o quanto antes”, completou o prefeito.

Contrato
 
Na ocasião, também foram discutidos pontos sobre um novo contrato a ser firmado entre o Daae e a cooperativa. Nesse sentido, Daae e Acácia devem realizar estudos durante o próximo mês para que seja possível discutir reajustes e modificações no contrato.
O prefeito Marcelo afirmou ser importante garantir boas condições de trabalho para os cooperados e sugeriu um adicional de produtividade. Esse modelo já é aplicado em uma cooperativa de São Carlos.
“Atribuir valor à produtividade é uma forma de incentivar o trabalho dos cooperados”, salientou Marcelo.
Também foram discutidas a redução do ISS pago pela Acácia e a concessão de uso de 20 anos da área em que a cooperativa está instalada a ser desmembrada pelo Daae. Esses dois pontos devem ser apresentados como projetos de Lei pela Prefeitura à Câmara Municipal.
 
 


 
 
 
 
 

quinta-feira, agosto 18, 2011

Acácia faz força-tarefa para processar material coletado

Quinta, 18 de Agosto de 2011 às 03h00Por Gustavo Ballestero




Volume de recicláveis incendiados ainda não foi verificado pela cooperativa

O dia seguinte ao incêndio que destruiu material reciclável e equipamentos da Cooperativa Acácia foi de muito trabalho para limpar os resíduos das chamas e processar os resíduos sólidos salvos do fogo, além dos recolhidos no dia. Os danos irreversíveis a uma esteira obrigou os cooperados a fazer uma força-tarefa para processar o material. Eles fizeram na mão a tarefa de transporte das bags para a área de separação dos recicláveis.

De acordo com a presidente da cooperativa, Helena Francisco da Silva, não houve tempo de conferir a dimensão das perdas relacionadas ao material queimado, porque o volume de trabalho aumentou para todos e é o mais urgente a fazer neste momento. 

Para agilizar o processo, Helena também convocou funcionários que estavam em férias e está elaborando uma escala de trabalho para domingo. "Temos de dar conta do recado de qualquer jeito. O trabalho não pode parar", diz.

Segundo Helena, o eletricista do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) confirmou que os dois motores da esteira estão queimados, assim como o motor do braço mecânico. As peças terão de ser trocadas. "Não sei se agora vai precisar trocar tudo."

Apesar do momento trágico vivido pela cooperativa, responsável pela coleta dos materiais recicláveis da cidade, Helena diz-se emocionada com as manifestações de solidariedade e com a ajuda que recebeu de várias empresas e entidades de todo o Brasil. Ela conta que um determinado empresário doou cem sacos grandes de ráfia, usados nas coletas. "Agora estamos precisando de filtro solar para as pessoas que trabalham no sol."
Responsabilidade
Por meio de nota da assessoria de imprensa, o Daae diz que os equipamentos queimados são de propriedade da Prefeitura e foram cedidos à autarquia, que tem um contrato de prestação de serviços com Acácia para a coleta e triagem dos materiais recicláveis.

Sobre a denúncia de que o caminhão-pipa do local estava quebrado, o Daae diz que uma câmera mostra que o incêndio começou às 9h29 e o caminhão foi acionado às 9h51.

Por último, diz que está em conversa com a cooperativa para verificar o que pode ser feito para minimizar os efeitos do acidente.
Laudo inconclusivo
Por falta de condições técnicas, a Defesa Civil de Araraquara não poderá apontar as reais causas do incêndio na Cooperativa Acácia, segundo o coordenador do órgão, Edson Alves. No entanto, a avaliação afirma que a hipótese de incêndio criminoso foi totalmente descartada. 

O laudo do acidente já foi elaborado e será entregue às autoridades nos próximos dias. Nele constam dados de apuração da ocorrência, entidades que ajudaram e medidas tomadas por cada uma delas. 

A Defesa Civil sugere ainda que sejam instalados hidrantes em vários pontos da sede e que seja criada uma equipe de prevenção e combate a incêndio.

quarta-feira, agosto 17, 2011

Incêndio na Acácia destrói equipamentos e recicláveis



Quarta, 17 de Agosto de 2011 às 03h00 ( Atualizado em 17/08/2011 às 07h10 )Por Gustavo Ballestero

Fogo consumiu uma esteira, braço mecânico e parte do material coletado

Um incêndio de grandes proporções atingiu a sede da Cooperativa Acácia, no Parque São Paulo, Zona Leste da cidade, na manhã de ontem e destruiu uma esteira, um braço mecânico e parte do material reciclável estocado. Apesar das grandes labaredas, ninguém ficou ferido. As causas do incêndio serão investigadas.

De acordo com os funcionários que trabalhavam no local no momento do acidente, o fogo começou por volta das 9h30, quando a pá carregadeira juntava o material reciclado. Inicialmente, como se via apenas uma fumaça saindo do monte de material, os cooperados acharam que era poeira de algum resíduo. Mas, em alguns minutos, as primeiras labaredas se formaram e eles se retiraram do local, arrastando alguns sacos com material inflamável. 

Para conter as chamas, o Corpo de Bombeiros deslocou dois caminhões autobomba e a viatura do resgate, que atuaram junto com caminhões-pipa do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) e da Usina Santa Cruz. Por volta das 11 horas, o fogo foi controlado. O trabalho de retirada de resíduos, no entanto, durou até por volta 18 horas.
Danos
Para a presidente da Acácia, Helena Francisco da Silva, o maior prejuízo foi emocional. "Foi um susto muito grande ver as enormes labaredas."
O volume de recicláveis queimados ainda não foi estimado pela Cooperativa, mas, segundo Helena, foram tirados oito caminhões basculantes com material queimado do local.

Entre as peças danificadas pelo fogo estava o braço mecânico que carrega o material até a esteira, chamado moto-cana. Este equipamento, no entanto, estava quebrado desde o dia 16 de julho. Desde então, uma pá carregadeira fazia esse trabalho. 

Ela conta que a licitação para o conserto estava em andamento. "Eles me falaram que ficava cerca de R$ 8 mil para consertar a moto-cana. Agora queimou a esteira também. Vai ficar mais caro." Um braço mecânico novo custa, pelo menos, R$ 90 mil, segundo Helena.

O outro equipamento queimado foi uma esteira de borracha usada para transportar as bolsas vindas da rua com os resíduos até o local onde é feito o processo de separação de papel, plástico, metal e vidro. A peça era a única destinada a esta função — as outras duas esteiras da Cooperativa são usadas na segunda etapa do processo, já na separação do material. "O trabalho da esteira que queimou será feito pelos funcionários, até que seja providenciada uma nova. Vamos trabalhar até a exaustão para não acumular material." A presidente da Acácia não sabe estimar o valor de uma esteira nova. 

O trabalho de coleta seletiva, no entanto, não deve parar, mas todo o procedimento posterior deverá ser reorganizado por conta do acidente.
Local tinha caminhão-pipa, mas equipamento não foi usado
A presidente da Cooperativa Acácia, Helena Francisco, lamenta o prejuízo do incêndio de ontem, mas diz que ele poderia ter sido contido se o caminhão-pipa do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae), que fica no local, estivesse funcionando. Segundo Helena, há mais de um mês ele está quebrado e não teve condições de realizar o primeiro combate ao incêndio.

O superintendente do Daae, Guilherme Ferreira Soares, esteve no local e disse, depois de consultar o gerente de operações da autarquia, Agamenon Brunetti Junior, que o caminhão-pipa está em perfeita condições de funcionamento. "Mas, no momento em que começou o incêndio, ele estava recarregando, pois havia acabado de jogar água na estrada de terra para baixar a poeira."

Segundo o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), quando a atual área foi construída, não foi verificada a necessidade de se construir hidrantes ou treinar equipes de combate a incêndio. Mas, hoje, com o crescimento da cooperativa e da demanda de serviços, essa realidade é bem diferente.

Barbieri lembrou a doação de uma área de cerca de quatro mil metros quadrados para a Acácia, bem atrás do atual campo de operações. A cooperativa está em fase de negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construir a nova sede.
Tempo seco ajudou a alastrar as chamas
A baixa umidade do ar na cidade ajudou a alastrar o fogo no incêndio da Cooperativa Acácia, ontem. 

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Araraquara, Edson Alves, vários fatores podem ter provocado o incêndio — uma ponta de cigarro ou alguma fagulha de esmerilhadeira, por exemplo. Entretanto, o que mais colaborou para seu rápido alastramento foi o tempo seco e o vento forte. No momento do acidente, os instrumentos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indicavam umidade relativa do ar em 49% e velocidade do vento de 3,6 metros por segundo. 

A Defesa Civil vai elaborar um laudo sobre as causas do incêndio e os danos totais do problema.

terça-feira, agosto 16, 2011

Incêndio atinge Cooperativa Acácia















Terça, 16 de Agosto de 2011 às 11h18 ( Atualizado em 16/08/2011 às 11h28 )

Incêndio atinge Cooperativa Acácia
Fogo consumiu uma esteira, braço mecânico e parte do material reciclável do local
Por Gustavo BallesteroTamanho do Texto:
Um incêndio atingiu a Cooperativa Acácia, localizada no Parque São Paulo, Zona Leste de Araraquara, na manhã desta terça-feira. As chamas chegaram a uma esteira, um braço mecânico e parte do material reciclável comercializado pela cooperativa. As dimensões do fogo ainda não foram mensuradas.

As informações iniciais são de que ninguém ficou ferido. No momento do incidente, 19 cooperados trabalhavam no local.

Para conter as chamas, uma equipe do Corpo de Bombeiros atua com auxílio de caminhões-pipa do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) e da Usina Santa Cruz.

Mais informações no Araraquara.com e na edição de quarta-feira da Tribuna Impressa.

segunda-feira, agosto 15, 2011



Roubos e agressões apavoram mulheres da coleta seletiva


   Não o trabalho árduo, mas sim e principalmente as agressões e roubo dos “bag” apavoram as mulheres integrantes da cooperativa ACACIA, responsáveis pela coleta seletiva, “porta a porta” do lixo domiciliar, após a separação realizada pelos moradores.
Segundo relato das cooperadas que circulam pela cidade devidamente uniformizadas, com camisas amarelas, é comum ao deixarem o “bag” contendo o lixo reciclável nas esquinas, serem alvo de ladrões, afora as ofensas.
Os roubos são realizados por pessoas que usam peruas, enquanto alguns carroceiros investem contra as cooperadas com palavras ofensivas, quando não partem para a agressão física. O alvo são os recicláveis.
Casos de agressões verbais e roubos são freqüentes, e colaboram também para que a cidade seja reabastecida com produtos recicláveis em detrimento de todo trabalho efetuado pela população, com a seleção, e as cooperadas, com a coleta.
Após subtraírem os “bag’s”, os ladrões retiram os produtos que interessam, como latinhas e plásticos, e jogam o restante no primeiro terreno baldio encontrado.
Padecem ainda cooperadas e cooperados da indefinição com relação à renovação do convênio por mais 20 anos. Existe a necessidade que este fato aconteça o mais rapidamente possível, pois pleiteia a entidade com o Termo de Cessão de Uso, financiamento junto ao BNDS – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Com este financiamento, a fundo perdido, pretende a ACACIA investir na infraestrutura do espaço ocupado, iluminação, melhoramentos que segundo Helena Francisco da Silva, presidente da cooperativa, fará com que a “separação” seja ainda mais rápida e eficiente.
“Não queremos tapete vermelho, apenas respeito”, é a palavra de ordem entre os cooperados, e o respeito passa por maior investimento por parte das autoridades.
“Precisamos adquirir uma prensa, picotador industrial, carro para coleta de óleo, empilhadeira motorizada, motos para coleta e caminhão para venda em rede, oportunidade de se conseguir melhor preço”, afirma Helena.
Para o vereador Serginho que se reuniu na tarde de quarta-feira, 15, com cooperados da ACACIA, resta agilizar a renovação do convênio, visando principalmente o bem estar da comunidade, que passa necessariamente pelo meio ambiente e a coleta seletiva tão bem realizada pela ACACIA.


07 / 09 / 2011
GRITO DOS EXCLUÍDOS EM ARARAQUARA

Reúna seus amigos, familiares, grupo, movimento, pastoral, e outros e junte-se a nós.

ORGANIZAÇÃO:
Pastoral do Mundo da Política - Fé e Política - Diocese de São Carlos

Diácono Ulisses Abruzio
Articulador Diocesano

Repassem para seus contatos. 
Breve mandaremos convite com a programação.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Primeiro Plano Municipal de resíduos é lançado em Guarulhos

Primeiro Plano Municipal de resíduos é lançado em Guarulhos
Foi lançado no dia 02 de Agosto o Plano Diretor de Resíduos Sólidos do município de Guarulhos, na Grande São Paulo, em uma cerimônia de reuniu cerca de 300 pessoas no auditório municipal. O Plano de Resíduos de Guarulhos é o primeiro a ser lançado no Brasil e contou com a participação massiva da sociedade civil em diversas oficinas e grupos de trabalho. O resultado foi à publicação de um documento de cerca de 300 páginas que planeja todo o sistema de gerenciamento de resíduos da cidade e que inclui os catadores de materiais recicláveis na gestão pública de manejo dos resíduos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, que completou 1 ano de existência no dia 02 de agosto e prevê que todos o municípios brasileiros ou consórcios intermunicipais devem desenvolver seus Planos Municipais de Resíduos Sólidos e planejar adequadamente o tratamento dos resíduos sólidos sob pena de responder por crime ambiental.
O MNCR participou ativamente da construção do Plano de resíduos e Guarulhos e esteve presente na cerimônia de lançamento. “Construímos conjuntamente com os catadores da Cooper Recicláveis que sempre esteve presente nas discussões. Esperamos que as metas desse plano sejam cumpridas e que os catadores, que têm participação prioritária, sejam realmente incluídos nesse processo”, declarou Roberto Laureano, representante do MNCR, que parabenizou o município pelo lançamento do Plano. “Estamos muito felizes, pois enquanto algumas cidades estão pensando em queimar o lixo ao invés de reciclar, Guarulhos dá o exemplo lançando esse Plano”, completou.
O lançamento teve a presença de vereadores e autoridades de Guarulhos e de Municípios de região, assim como o presidente do Consórcio de Municípios da região. O representante do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bauduki, fez palestra sobre aspectos da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Catadores participaram ativamente da elaboração e estão contemplados.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Coleta Seletiva de Araraquara

Domingo, 31 de Julho de 2011 às 03h00

Pelo aperfeiçoamento do sistema de coleta de lixo reciclável

O sistema de coleta de lixo reciclável em Araraquara tem aprendido com seus próprios erros.

Por Jornal Tribuna Impressa





O sistema de coleta de lixo reciclável em Araraquara tem aprendido com seus próprios erros. A implantação da coleta no governo anterior já foi um grande avanço, diante da necessidade de fazer frente à crescente produção de resíduos na cidade e à consequente criação de graves gargalos, como o esgotamento do aterro sanitário. A atual administração melhorou um pouco o funcionamento do sistema, que pecava pela improvisação em muitos aspectos, sendo que, para a população, o fim da taxa do lixo foi a melhor notícia. Mas o trabalho realizado pela Cooperativa Acácia necessita de um aperfeiçoamento constante e é nesse ponto que os principais responsáveis pelo serviço estão insistindo neste momento.


A Acácia pediu ao Daae a revisão do atual contrato, fechado em 2008. Nada mais coerente e justo. Não se trata apenas da necessidade de rever valores. O processo de coleta precisa de qualificação constante, novos equipamentos, treinamento de pessoal, capacitação técnica e melhorias de gestão e administração. O volume de lixo reciclado na cidade ainda é pequeno, em torno de 7%, embora dentro da faixa da maioria dos municípios brasileiros onde o sistema existe. O Daae, felizmente, reconheceu a defasagem nos termos do contrato e aceita negociar. A oportunidade de melhorar as relações e, por consequência, o próprio serviço está na mesa de negociação e só depende de boa vontade e alguns acertos jurídicos.


Araraquara pode, nesse cenário, adiantar-se a outros municípios e promover uma rápida adequação de sua forma de coleta ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criado pelo Governo Federal no segundo semestre de 2010. A regulamentação, que tem prazo até o fim deste ano para ser implantada, envolve todos os setores da sociedade, incluindo empresas e o próprio cidadão no processo de coleta seletiva e destinação dos resíduos. No caso dos recicláveis, há uma ação de responsabilidade compactuada prevista na nova lei, e que, uma vez aplicada, vai facilitar o crescimento da coleta seletiva em quantidade e qualidade.


A ideia da responsabilidade compartilhada pressupõe que é dever dos consumidores acondicionar de forma adequada os resíduos reutilizáveis sempre que existir nos municípios o sistema chamado de ‘logística reversa’, que nada mais é do que a coleta seletiva que temos hoje em Araraquara. A PSNR, quando estiver em pleno vigor, prevê multas para quem não cumprir os preceitos da responsabilidade compartilhada, incluindo empresas e órgãos oficiais. As obrigações, obviamente, estendem-se ao restante da cadeia de lixo reciclável, sejam catadores, cooperativas, governos ou autarquias. A própria inclusão das cooperativas no processo de implementação está assegurada na lei, o que traz segurança e boas perspectivas para esse grupo social cada vez mais relevante.


As reivindicações que a Acácia faz neste momento à Administração — inclusive no que diz respeito à qualificação do serviço e capacitação dos trabalhadores — também estão previstas no processo de regulamentação da PNRS, o que, de certa forma, fecha o ciclo e dá suporte ao provável novo acordo. Com a ressalva de que tudo deve ser feito paralelamente aos programas de conscientização e educação ambiental, essenciais para cooptar o cidadão. O fato é que a população é especialmente sensível à questão do lixo e saberá colaborar, como sempre fez. Acácia, Daae e Prefeitura devem levar esse dado em conta ao aperfeiçoar suas relações e melhorar um serviço que é essencial ao município.