quinta-feira, agosto 18, 2011

Acácia faz força-tarefa para processar material coletado

Quinta, 18 de Agosto de 2011 às 03h00Por Gustavo Ballestero




Volume de recicláveis incendiados ainda não foi verificado pela cooperativa

O dia seguinte ao incêndio que destruiu material reciclável e equipamentos da Cooperativa Acácia foi de muito trabalho para limpar os resíduos das chamas e processar os resíduos sólidos salvos do fogo, além dos recolhidos no dia. Os danos irreversíveis a uma esteira obrigou os cooperados a fazer uma força-tarefa para processar o material. Eles fizeram na mão a tarefa de transporte das bags para a área de separação dos recicláveis.

De acordo com a presidente da cooperativa, Helena Francisco da Silva, não houve tempo de conferir a dimensão das perdas relacionadas ao material queimado, porque o volume de trabalho aumentou para todos e é o mais urgente a fazer neste momento. 

Para agilizar o processo, Helena também convocou funcionários que estavam em férias e está elaborando uma escala de trabalho para domingo. "Temos de dar conta do recado de qualquer jeito. O trabalho não pode parar", diz.

Segundo Helena, o eletricista do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) confirmou que os dois motores da esteira estão queimados, assim como o motor do braço mecânico. As peças terão de ser trocadas. "Não sei se agora vai precisar trocar tudo."

Apesar do momento trágico vivido pela cooperativa, responsável pela coleta dos materiais recicláveis da cidade, Helena diz-se emocionada com as manifestações de solidariedade e com a ajuda que recebeu de várias empresas e entidades de todo o Brasil. Ela conta que um determinado empresário doou cem sacos grandes de ráfia, usados nas coletas. "Agora estamos precisando de filtro solar para as pessoas que trabalham no sol."
Responsabilidade
Por meio de nota da assessoria de imprensa, o Daae diz que os equipamentos queimados são de propriedade da Prefeitura e foram cedidos à autarquia, que tem um contrato de prestação de serviços com Acácia para a coleta e triagem dos materiais recicláveis.

Sobre a denúncia de que o caminhão-pipa do local estava quebrado, o Daae diz que uma câmera mostra que o incêndio começou às 9h29 e o caminhão foi acionado às 9h51.

Por último, diz que está em conversa com a cooperativa para verificar o que pode ser feito para minimizar os efeitos do acidente.
Laudo inconclusivo
Por falta de condições técnicas, a Defesa Civil de Araraquara não poderá apontar as reais causas do incêndio na Cooperativa Acácia, segundo o coordenador do órgão, Edson Alves. No entanto, a avaliação afirma que a hipótese de incêndio criminoso foi totalmente descartada. 

O laudo do acidente já foi elaborado e será entregue às autoridades nos próximos dias. Nele constam dados de apuração da ocorrência, entidades que ajudaram e medidas tomadas por cada uma delas. 

A Defesa Civil sugere ainda que sejam instalados hidrantes em vários pontos da sede e que seja criada uma equipe de prevenção e combate a incêndio.

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