sábado, fevereiro 25, 2012


Márcia Lia critica Prefeitura e pede apoio à Cooperativa Acácia

Vereadora questiona medidas adotadas com relação à destinação dos resíduos sólidos e coleta seletiva


22/09/2011 - 11:27 |Por Luís Fernando Laranjeira

A vereadora Márcia Lia, líder da bancada do PT na Câmara Municipal, entende que a Prefeitura não tem priorizado investimentos nas questões ambientais. Ela cita como exemplo o programa Lixo Zero e coleta seletiva.

Márcia Lia discorda da forma como Executivo devolveu ao Departamento Autônomo de Água e Esgoto (DAAE) os serviços de tratamento e destinação final do lixo domiciliar. Ela lembra que em 2009 esta competência foi transferida para a Secretaria de Meio Ambiente.

“Mas, agora em 2011, ao arrepio da lei, o prefeito, por meio de um decreto, desrespeitando totalmente o Poder Legislativo”, devolveu a incumbência para o DAAE. “Não é possível que uma mudança de leis aconteça por meio de um decreto”.

A líder da oposição destaca que quando da criação do programa Lixo Zero, em março de 2010, o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) esperava a adesão de 80% da população ao programa. “Contudo, hoje, somente 6.636 contribuintes aderiram à reciclagem do lixo”.

Para ela, está faltando mais empenho do Executivo para resolver o problema. “Enquanto o mundo discute a questão da destinação dos resíduos sólidos, Araraquara gasta milhões mandando o lixo orgânico para Guatapará e a situação se agrava a casa dia”, salienta.


Coleta seletiva


Outra questão que preocupa a vereadora envolve a Cooperativa Acácia, responsável pela coleta de materiais recicláveis em Araraquara. “A Acácia desempenha um papel fundamental com relação ao meio ambiente, mas hoje vive uma situação alarmante”, analisa.

A parlamentar destaca que a cooperativa gera renda para mais de 200 famílias, muitas delas sustentadas por mulheres. O incêndio que destruiu parte das instalações da Acácia no mês passado, de acordo com ela, deixou os cooperados “em situação trágica”.

Segundo Márcia Lia, “o pessoal está trabalhando em condições insalubres, embaixo de sol, sem água e muitos sem condições de suprir, sequer, as necessidades de alimentação de seus filhos, pois a média de retirada mensal, que é de R$ 540 não deve ser atingida”.

Para piorar, enumera, “esse mês o vale vai atrasar, mas o DAAE não agenda uma reunião para negociar a renovação do contrato de coleta seletiva; e, a cesta básica, que foi tirada em 2009, até hoje faz falta”.

Citando o ambientalista e professor universitário Adalberto Cunha, ela propõe a ampliação da divulgação do programa Lixo Zero para facilitar a adesão de mais contribuintes e oferecer a inscrição no programa pela Internet. “Uma forte fiscalização também colaboraria bastante”, diz.

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